BIOGRAFIA NÃO AUTORIZADA - SUPER MOUSE

26/10/2006

Vida de vadio desempregado é uma merda. Desde o século passado adiando uma faxina geral no meu estábulo mas a preguiça e a punheta não me permitem. Como gosto de dormir pelado e de bruços, um pequeno camundongo, atraído pela sujeira, resolve adentrar em minha região furicular, como se meu cu fosse um cafofo. Levantei-me apressadamente e introduzi em meu ânus vários objetos que estavam à minha volta: escova de dentes, garfo, sacarrolha, hidrante, pôster da Rachel e outros apetrechos para que o pequeno mamífero fosse asfixiado. Com o meu brioco lotado mas sem surtir efeito resolvi comer uma mistura de repolho, ovos, tubérculos e iogurte da Idade Média. Consegui vencê-lo graças ao poder esfinctante dessa mistura. Já aliviado, pensei: "De onde veio aquele filho da puta?". Resolvi procurar mais a fundo e descobri que era um capacho bastardo do Super Mouse, integrante da GNEDA, legião de fakes tão desocupados quanto eu.
Super Mouse vem de uma linhagem que começou no século XIV. Seus tataravôs, ratos de enzimas, foram responsáveis pela propagação da Peste Negra na Europa, matando 25 milhões de pessoas tão desocupadas quanto os fakes de hoje. Cientes de seus poderes de dizimar desavisados, sua geração acabou se espalhando pelo (i)mundo, subornando bactérias e seduzindo bacilos do underground venéreo.
Com o tempo a genética operou milagres na geração de Super Mouse. Procurado pela indústria do entretenimento ele virou astro de desenhos animados e de outras atrações infanto-pornográficas de duplo sentido. Como cu de rato bêbado não tem dono (mesmo que beba mais Stella que Eder Embryo), Super Mouse não cansou de arrebentar os furículos de queijo de Jerry, Mickey, Pink, Cérebro e outros ratos EMOs.

Apesar de um pouco mais enrugado Super Mouse ainda é amante da balada. Costuma flertar com ratazanas na night de São Paulo, capital brasileira dos ratos vagabundos e sede do PCC - Primeiro Comando dos Camundongos. Tentou empregos mais simples como rato de laboratório mas conseguiu somente um estágio numa boate gay como roedor de mictório. Mais experiente, ele trabalha hoje com tecnologia na área da telefonia, instalando orelhões com banda larga em ratoeiras para casos de emergência. Adora ser um "rato de praia" numa cidade onde os rios são sólidos, costumando reunir os amigos para viajar, jogar vôlei, futsal e afogar o ganso em ratazanas arrombadas.
Queria convidá-lo dia desses para um coquetel de queijo em meu estábulo mas já vou logo avisando: no meu cu ele não entra!

Postado originalmente na comunidade GNEDA

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