BIOGRAFIA NÃO AUTORIZADA - CLAUDIA

13/10/2009

”Não li e não lerei” (Acephalus, filósofo romano – séc. III)

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"Sou resultado de uma suruba genética": assim define-se Claudia Marla JuBartff Pênis. Seu sobrenome esquisito vem do seu pai, que a batizou quando estava bêbado, pronunciando o nome de seu rebento durante um vômito seguido de espirro. Tal definição tem coerência, já que o pai descende de italiano, polonês e húngaro; enquanto a mãe vem de famílias portuguesa, espanhola e sueca. Um orgasmo de miscigenação digno dos melhores pornôs produzidos pela colonização rural. Nasceu bem acima do peso, o que gerou disputa territorial entre as nações da família. Suas pelancas quase foram palco da III Guerra Mundial!

Claudia nasceu em Dourados, a 5 minutos e 3 segundos da Igreja do Relógio. Na infância brincava de pega pega, esconde-esconde e outros clássicos do recreativo erótico infantil , Jogava amarelinha para sacanear os doentes de anemia e também o "Betes", o cricket da elite matuta pantaneira.

Cresceu, estudou e formou-se em Psicologia, resolvendo partir para outras matas. Já morou na cidade de Sorriso/MT, mas como os sorridentes de lá eram banguelas e tinham mau hálito, voltou para a cidade natal, onde conseguiu estágio numa penitenciària. Foi contratada para dar assistência aos presos, oferecendo colo aos meliantes, banhos de língua aos estupradores e coletas diárias de sêmen para psicopatas.

Foi aí que os problemas de Claudia começaram. Num dos incidentes precisou obter autorização judicial para entrar diariamente na prisão sem ser revistada, já que dias antes dois revistadores desapareceram em suas banhas e gretas, deixando apenas ecos de gritos como vestígios. A situação piorou quando ela descobriu atos de corrupção no presídio e foi denunciar a panelinha dos agentes penitenciários junto com uma amiga, sendo ameaçadas de morte. Chegou a ter suas casas metralhadas, mas o ápice da intimidação foi um presente de Natal que ela ganhou no mesmo ano: um caixãozinho revestido de esmegma dos agentes.

Diante do perigo iminente, Claudia decide fugir para Ivinhema. Foi para lá sem ter onde morar, levando apenas seu carro. Por sorte foi acolhida pela população logo no primeiro dia porque os piercings e tattoos de seu corpo fizeram o povo daquela cidade confundi-la com um ET. Nessas cidades do meio do mato, falar da vida dos outros é mais rápido que a velocidade da luz (a internet lá funciona de ouvido) e com isso nossa heroína foi abastecida com casa, comida e roupa lavada.

Virou atração do histórico Big Brother Ivinhema (BBI), reality show ecologicamente correto onde uma galera comandada por um presidiário, seu paciente, olhava-a pelada enquanto tocava punheta trepada num pé de manga.

Essa fama não evitou a sua saída da cidade, já que Claudia não consegue ficar tanto tempo num mesmo lugar. Agora está em Naviraí, cidade com apenas uma praça e o famoso Monumento ao Chifre Desconhecido, local de shows sertanejos para cornos de duas patas. Lá, onde Judas perdeu as pregas, é que Claudia vive sua existência, dando apoio às vítimas de violência e preparando sua tese de mestrado intitulada: "A aplicação da ablação de Moniz sob a óptica da acalásia em perfis falsos da comunidade No Escuro", grande promessa acadêmica de mictório.

Claudia gosta de rock e blues, se tornando a única pessoa da elite de Naviraí. Seus gostos variam com a semana: comida não tem uma preferida e na dúvida come todas as opções. Seu gosto por filmes também muda com o dia: se estiver de chico, um filme de terror é atração garantida. Seu coração (e outros locais úmidos) tem espaço para homens, mulheres e jacarés.

Recentemente reclamou de telefonemas anônimos incovenientes. Após um rastreamento verificou-se que era aquele presidiário com saudade de sua psicóloga. Ele havia ligado da cadeia para saber se a mangueira continua de pé e latejando.
Depois dessa, alguém me perguntar se vi a mangueira entrar então poderei responder: "depende da Marla abrir as pernas. Se não couber eu fico olhando do galho mais alto."

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