
Por trás de um grande homem há sempre outro querendo enrabá-lo.
Esta frase resume praticamente nádegas, até porque sou um quadrúpede de raça superior e detentor de pulgas com pedigree. Mas quero dedicar este espaço imundo para lembrar com carinho de meu querido mestre, pois sem ele não saberia até hoje limpar o freio de minhas cuecas nem aprenderia a fazer de conta que sou engraçado proferindo prosas peristálticas.
Filho de símios pernambucanos, Cesariano teve ótima educação. Era amamentado com leite de sífilis 3 vezes ao dia, rodeado de gostosas titias que assombravam-no através do apelido "Leitoso".
Virgem e sem coragem para episódios de incesto, evitou bacurinhas até conhecer Coronel Eutanásio, pracinha lavrador das forças biliares de reserva, um dos grandes nomes da histórica Guerra dos Tabacudos.
Se não fosse o militar ancião, Cesariano seria eternamente fichado como boçal. Seu currículo de espinhas tinha tudo para queimar seu hímen: fez parte, por exemplo, do famigerado Trio do Arrepio, grupo que tomava infinitos tocos e foras de lontras com celulite e barangas travestidas de patricinhas. Também teve infeliz participação na organização de festas regadas a afrodisíacos, eventos pré-históricos do período Pré-Cancriano (precedente do atual sexo virtual), em que machos se reuniam entre goles de Tesão de Vaca, esperando fêmeas que nunca iriam marcar presença.
Mas como há sempre um pus no fim do túnel, Cesariano foi introduzido à vida de verdade pelo seu mestre coronel. Como iniciação passou por uma operação de fimose, onde caminhava nu e peludo entre olhares atentos dos pais e dos olhares e afagos de primas e sobrinhas que queriam aprender mais sobre anatomia.
Durante sua formação Cesariano teve uma recaída: sofreu um surto de apaixonite por rugosas de Corumbá. Gastou seus níqueis com buquês de testículos para agradar aquelas fêmeas pantaneiras, o que fez Coronel Eutanásio invocar os deuses com o gregoriano "Puro Sangue". Seu rito fez efeito e Cesariano finalmente debutou nas tulipas e copos pelos bares do Baixo... nível.
Estava formada uma nova criatura: seus olhos esbugalhados e tez acimentada davam lugar a um ser vivo com pele de mictório e pelos brancos. Passou a colecionar adeptos de sua selvagem filosofia de alcova estampada nos azulejos de muco dos bares da vida.
Episódios épicos fizeram Cesariano ganhar fama em tão pouco tempo por toda a Boemia. Passou a integrar todo o corredor etílico cultural do país. A cada feriadão enfileirava dezenas de vagabas para beijos de língua. Em coma alcoólico Cesariano atraía mais seguidores. Era chamado de gótico por cagões de beira de estrada e, quando não batia seu próprio recorde de esbórnea, mordia enfurecido veículos de pipoqueiros fortemente armados e desavisados.
Cansado de sustentar as noitadas, os pais de Cesariano pediram asilo no agreste de Maricá para evitar a falência total da família. Sem saída, nosso herói perfumou os bagos e resolveu se formar em Economia.
Passou por bancos de investimento e ganhou prestígio no mercado financeiro, mas anos depois os mesmos colegas que o bajulavam deram um pé na sua bunda porque comeram risoles gelados em seu banquete de casamento.
Entre altos e baixos, Cesariano se aquietou depois de entrar nas rédeas de Florinda Bellabunda, sua eterna esposa. Caseiro e responsável, o paraninfo doutor e anestesista por opção dedica seu tempo para educar seu filho Lucas Del Fiori, que aprendeu a falar 'Gol' com o pai horas depois de vir à luz. O pai orgulhoso espera seu filho crescer, para juntos nos estádios tomarem mijadas na nuca a cada jogo do rubro-negro de coração.
Um exemplo de carnificina intelectual, um púbis cheiroso da modernidade contra paraíbas cheios de múmia. Este é o Doutor Cesariano, que continua a formar discípulos do non sense (inclusive este jumento que vos fala). Um dia, em seus subterrâneos, hei de encontrá-lo novamente, e ao perguntar se ele anda balzaqueando, não morrerei de vergonha caso veja sua glande escorrer uma lágrima.
Que cabra fulero, ômi!!
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