Da Série "Vizinhanças Subliminares"


BIOGRAFIA NÃO AUTORIZADA - BILLY ALEXANDRE
Autarquia ilustre o professor Billy, formidável atleta matuto, campeão das modalidades sem caráter. Notável personal dogging passivo da Academia Merdamorfose, halteres reduto onde entram lagartos sedentários para serem transformados em borboletas debutantes musculosamente purpurinadas.
Nascido na roça em meio às oligarquias acima da Lei, cansou por lá de apreciar os vilões das novelas de TV e de sempre ser a boneca em dia de malhar o Judas, para vir à cidade grande encarnar (e ser entubado) por lendários heróis meliantes interioranos.
Conheceu e casou-se com Ana Bolina, vagaba sudorípara que costurava pra fora até tingir seus cabelos de loiro para ostentar sua pseudointeligência doméstica.
Tal casal gerou Messalina, rebento silvícola que sempre sonhou em ter um cachorro de estimação. Seu pai Billy, para alegrar aquele pedaço de lixo genético, presenteou-a com duas espécimes: Mauro, raro exemplar da raça Esterco; e Sofia, pitbull popozuda que arranca testítulos com mordidas letais.
Estava formada a família trapo: um "homem", uma "mulher", uma "criança", dois cães, uma piranha, um verme e três antas.
Orgulhosos de seus fracassos e instalados em sua cobertura no Condomínio Favela de Pedra, a família mostra a que veio. Mostra seu modelo de educação infantil, permitindo que a filha Messalina pule incansavelmente pela cobertura-prostíbulo para mostrar aos vizinhos dos andares inferiores suas novas ferraduras. Também permite que a mesma chame seus cães enquanto sobe as escadas do bloco para uma interatividade quadrúpede de três elementos, além de gemidos e gritos num si bemol que nem as cortesãs da Belle Epoque imaginavam fazer enquanto gozavam.

Bolina, assistindo feliz sua filha, na verdade flerta de longe a região furicular de Sofia, cujo subconsciente queria saber qual das duas era a mais cachorra. Sofia, que nem dava bola pra ela, mordiscava a orelha de Mauro entre uma TPM e um pedaço de ração.
O tempo passa e a algazarra continua. Billy, para mostrar quem manda na parada, faz questão de deixar portas e garagem abertas quando sai porque, para ele, fechá-las não é coisa da elite matuta. Pilota seu carro da morte anos 90 para levar a família ao fálico lazer de fim de semana, enquanto os cães urram seus decibéis totalmente sós, apesar do protesto e gritos da vizinhança revoltada. Manhã, noite, madrugada... nada importa àqueles tenores quadrúpedes.
Uma orgia antihigiênica espalhada pelos arredores do bloco. Pelos por toda a parte, um fedor insuportável quando chove, além de ocasionais fezes deixadas por entre os degraus para espelhar a todos os demais o caráter imundo de seus donos.
Um momento de alegria para os opositores: Sofia teve que ser afastada do recinto por fazer concorrência com sua dona, Ana Bolina, única detentora oficial dos coitos com pedigree. Sobrou Mauro, só, carente e inconsolável, aguentando o flerte de segunda geração de Messalina.
A revolta dos vizinhos continua. Cartazes de protesto e de cunho pessoal são afixados na Favela de Pedra. A ala dos zoófilos barulhentos dos demais blocos defende a família. "Coitado! É apenas um cachorro!" - relincham.
A impunidade fede e reina. A família de Billy é vitoriosa. Os cartazes não defecam sua imagem puritana de casa de tolerância.
Billy se prepara para a volta da vitória. Veste seu justo uniforme triatlético e invoca o ciclista inadimplente revestido com óleo de pleura. Billy pedala sem ser importunado até que o selim da bicicleta peça arrego devido ao suor de sua região furicular.
"Pagar aluguel é coisa de otário", diz o atleta. Bolina e Messalina nada têm a dizer. Se esfregam em Mauro, é isso o que importa.
UPDATE:
DECISÃO JUDICIAL
De acordo com a liminar concedida pelo juiz da 35a. Vara Matuta de Pescar, este espaço foi obrigado a ceder um direito de resposta à Billy Alexandre, mas ele não pôde se pronunciar até o momento porque teve que providenciar água gelada a fim de desengatar o cino Mauro da pueril Messalina durante um coito mal sucedido a sós enquanto ele pedalava na orla.

4 comentários:

  1. Hm, interessante sua escrita. Gostei.

    ResponderExcluir
  2. Nosso indesejável vizinho já não é mais o mesmo ! Desde que passou a tomar aquelas bombas vendidas sem prescrição médica nas academias gays, virou "maxoprapica". Ou seja : ofende qualquer bofe em que esteja interessado e lhe ameaça dar umas tapas, só para poder se agarrar com o mesmo sem chamar atenção. Costumo dizer que personalidades com tão complexo perfil psicológico, nem Freüd explica ! Então conclui-se que aí "Froideu" !

    ResponderExcluir
  3. Do vizinho celista :
    Ainda sobre a prosopopéica saga do Mister borbuleta, ou homem bomba, ou saco de merda ambulante, vale lembrar a tônica que recai sobre o tipo que encarna naquele pobre animal beduino com invejável síndrome de primata. A EQUAÇÃO ALEXANDRINA :
    Massa muscular - massa encefálica = BURRUS OPERANDIS
    Tudo isso com direito ao sistema "BILLYVERY" com presença de "BUNDA de música" e tudo mais. Como ele é exagerado em tudo, acredito que uma "BUNDA" soa melhor que uma "BANDA" pois é so olhar e ver que uma "BUNDA" tem duas "BANDAS" e ainda leva o "CUJUNTO" para animar as HOMÉRITAS noitadas do mundo animal !!! hehehehe

    ResponderExcluir
  4. Ainda sobre este animal com síndrome de complexo do elo perdido : Comenta-se que ele foi visto em um supermercado cortando a fila de caixa especial, ou seja : caixa exclusivo para gestantes, pessoas com criança de colo e deficientes físicos. Indagado do por que estava alí, ele respondeu ser deficiente mental e que era coisa de otário pegar fila. Sem falar que levou à risca essa coisa de otário e saiu devendo seis meses de aluguel no Favala de Pedra ! É mole ? hehehehehe

    ResponderExcluir